sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Na falta do cigarro... não fumo...

Me peguei ontem no completo desespero da ausência do meu vício. Estava despreparado para sentir a ausência absurda contida na necessidade. Faltava alguma coisa importante, faltava alguma coisa indispensável. Comi, bebi, tentei trocar rapidamente os vícios para confundir minha cabeça... não deu certo. Nem mesmo a preguiça crônica presente no meu cansaço foi suficiente para aliviar minha agonia. Isso sempre me faz lembrar do turbilhão de sentimentos q nos fragilizam, q expõem o pior de nossas ações para nós mesmos - q nos animalizam. No fundo das mesmas feridas q cultivamos ao longo da efemeridade existencial, durante o caos da ausência... nos esqcemos de pensar, raciocinar, nos acalmar. Costumo dizer q enxergamos em vermelho como Mickey Knox em Natural Born Killers. Não existe trégua no combate entre vc mesmo e suas vontades. Não há qualqr relacionamento pacífico q consiga conter a guerra pela falta do prazer. Prazer complexo, inexplicável muitas vezes e, que não mede esforços para ser saciado. Já pensei me tornar budista em busca da disciplinar filosofia do desapego... O ocidente, porém já me contaminou o suficiente para q uma de minhas necessidades vitais seja o próprio apego...rs. Percebi q ao final de minha epopéica batalha pessoal, eu estava na padaria, tremendo e pedindo por dois maços de cigarro. O apego venceu... Logo depois de acender um cigarro, já havia me esqcido de como era a sensação de estar sem ele. O desespero deu lugar ao prazer - ambos absortos pelo mesmo sentido. Q interessate. Preencher a ausência e me aproximar da beleza de querer sentir uma nova... uma ausência simples pelo próprio sofrimento.

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